O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou hoje (30) proposta do vice-presidente da instituição, ministro Ubiratan Aguiar, que determina a realização de auditoria nos gastos realizados com os cartões de créditos financeiros no âmbito da Administração Pública Federal.
Segundo o TCU, o objetivo é verificar como foram aplicados os recursos do cartão, o volume dos saques em dinheiro, por pasta ministerial ou órgão envolvido, e se os gastos estão dentro da lei.
“Penso que uma avaliação geral dos números envolvidos, que permita um diagnóstico global dos gastos relativos a suprimento de fundos, seria de grande valia para posicionar este Tribunal acerca da situação atual desses gastos e das medidas que podem ou devem ser adotadas, por parte desta Instituição, em prol do interesse público”, avalia Ubiratan Aguiar em nota divulgada hoje.
CPI
Nesta quarta-feira, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) começa sua peregrinação para recolher assinaturas pela instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que terá como objetivo investigar o uso de cartões de crédito corporativos. Para instaurar a comissão, o Sampaio precisará da assinatura de 170 parlamentares.
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Segundo ele, até o final do dia os deputados Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM, Chico Alencar (RJ), líder do Psol, Paulinho (PDT-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul Jungmann (PPS-PE) deverão se posicionar sobre o assunto.
De acordo com o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a instalação da comissão tem o seu apoio. “Ainda não fui procurado, mas certamente, nós vamos apoiar”, disse ao Congresso em Foco.
Carlos Sampaio alega que a CPI não deve ser instalada em decorrência das recentes acusações contra os ministros Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e Altemir Gregolin (Pesca). Ele ressalta que há cinco anos pede informação sobre o uso desses cartões por autoridades do governo federal. Os ministros serão investigados pela Controladoria-Geral da União (CGU) por supostos excessos no uso do cartão.
Em entrevista concedida hoje, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), também defendeu a apuração dos gastos realizados pelos ministros. Sem dar maiores explicações, disse que é a favor de uma fiscalização permanente. (Erich Decat)
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