O Tribunal de Contas da União (TCU) adiou novamente hoje (20) a análise sobre o bloqueio dos bens da presidente da Petrobras, Graça Foster. Relator do caso, o ministro José Jorge manteve o voto apresentado no início do mês em que pede a indisponibilidade dos bens de Foster, mas retirou o processo da pauta da reunião após notícia publicada no site do jornal O Globo. De acordo com a reportagem, Foster e o ex-diretor da área internacional da empresa, Nestor Cerveró, doaram imóveis a parentes após o escândalo sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
José Jorge prometeu dar continuidade ao processo na semana que vem. Segundo ele, as informações da reportagem ainda devem ser analisadas e confirmadas, mas já indicam a necessidade de aprovar a indisponibilidade dos bens. “Se isso for verdade e, dependendo da sua extensão, isso configura uma burla ao processo de apuração da irregularidade. É gravíssimo”, disse.
Para o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, mesmo que tenha havido a transferência de bens, isso não configura fuga patrimonial. “Fuga patrimonial é desfazimento integral do seu patrimônio em favor de laranjas, de pessoas não identificadas, de forma que você não possa recuperar esse patrimônio. Não é o caso. Tenho certeza de que a presidente [Graça Foster] e os demais diretores que estão sendo acusados vão esclarecer isso com a maior tranquilidade”.
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Hoje, o ministro Walton Rodrigues apresentou uma nova proposta em que Graça Foster é apontada como responsável. No entanto, de acordo com essa proposta, se aprovada, ela não vai ter os bens bloqueados. No mês passado, o TCU determinou a devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras pelos prejuízos causados ao patrimônio da empresa em decorrência da compra da refinaria de Pasadena. (Com Agência Brasil)
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