O ministro da Justiça, Tarso Genro, classificou nesta quarta-feira (17) de "desnecessária" a prisão do diretor-executivo da Polícia Federal, delegado Romero Menezes. "Sendo o doutor Romero dirigente da PF, bastava o seu afastamento do cargo, o que foi feito. Com isso, ele não teria qualquer influência nas investigações", afirmou o ministro.
Romero Menezes e outras duas pessoas são acusadas de prática de advocacia administrativa (uso do cargo para beneficiar terceiros), corrupção passiva privilegiada e tráfico de influência. (leia mais)
Tarso Genro teve uma reunião com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, na qual reclamou da decisão do Ministério Público do Amapá, que mandou prender o delegado. Por sua vez, o procurador-geral afirmou que vai examinar o caso. "Houve um equívoco, um juízo de valor, mas o Ministério Público não cometeu nenhuma ilegalidade. O evento serve de lição para aprimorar as relações do Ministério Público com a PF", afirmou o ministro.
Leia também
Tarso Genro ressaltou admitiu que há um sentimento de insatisfação de sua pasta e da Polícia Federal com o episódio. Contudo, o ministro afirmou que o caso "não vai afetar a relação com o Ministério Público nem a determinação da PF em cumprir ordens judiciais”. (Rodolfo Torres)