O ministro da Justiça, Tarso Genro, negou hoje (28), por meio de nota, que a Polícia Federal esteja investigando parlamentares por envolvimento em um suposto esquema de desvios de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Para fazê-lo, necessitaria de determinação do Supremo Tribunal Federal", diz a nota. O ministro ainda afirma que pediu informações ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa, sobre o caso. A nota do ministro também informa que ele deu essa explicação aos deputados Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, e Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara.
Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira afirma que a Operação Santa Tereza da PF “espreitou o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN)” quando espionava dentro da Câmara o lobista João Pedro de Moura, “amigo e ex-assessor do deputado Paulinho da Força (PDT-SP)”, em relação a um suposto esquema de desvio de recursos do BNDES.
“A Santa Tereza não acusa o deputado [Henrique Alves] de participar do esquema, mas o documento mostra que a PF agiu dentro da Câmara, quando espionou João Pedro, inclusive no instante em que ele deixou a sala de Alves. Os federais descreveram o lobista, que foi conselheiro do BNDES, carregando uma mochila, provavelmente a mesma que, segundo o monitoramento dos agentes federais, ele teria deixado no gabinete de Paulinho algumas horas antes”, diz o periódico paulista.
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Por sua vez, o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), classificou o episódio como “inadmissível” e que solicitará a identificação e a punição do responsável pela espionagem. (Rodolfo Torres)
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