O ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG), presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), manifestou-se por meio de nota divulgada nesta sexta-feira (19) a respeito das denúncias de desvios milionários de recursos por meio de entidades da CNT, em rombo estimado em R$ 20 milhões. Como este site registrou ontem, a Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação São Cristovão para prender suspeitos de participar de esquema de desvio de recursos do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, entidades sem fins lucrativos de apoio a trabalhadores do setor.
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Clésio Andrade está entre os suspeitos, e prestou depoimento ontem ao Ministério Público de Minas Gerais. O peemedebista, que comandou a CNT até abril deste ano, quando saiu de licença, retornou ao comando da entidade prometendo providências como afastamento temporário de diretores e funcionários “para apuração de possíveis irregularidades”.
Clésio Andrade foi vice do presidenciável Aécio Neves (PSDB) quando o tucano exerceu o primeiro mandato de governador de Minas Gerais, de 2003 a 2006. Alvo de processo referente ao mensalão tucano, Clésio renunciou ao mandato parlamentar em julho último, alegando problema de saúde.
Polícia deflagra operação contra desvios milionários na CNT
Confira a íntegra da nota assinada por Clésio Andrade:
“NOTA À IMPRENSA
PublicidadeO Presidente licenciado da Confederação Nacional do Transporte Clésio Andrade, prestou depoimento agora à tarde no Ministério Público Estadual, cumprindo decisão da 4ª vara criminal de Brasília. Clésio Andrade informa que ainda não tem conhecimento do inquérito e quando tiver falará com a imprensa a respeito.
No entanto informou que está reassumindo a Presidência da Confederação Nacional do Transporte no dia de hoje e que já tomou as seguintes decisões:
1- Abertura de sindicância interna para apuração de possíveis irregularidades divulgadas pela imprensa no dia de hoje;
2- Afastar temporariamente os Diretores e ou funcionários do SEST SENAT citados pela imprensa até que se termine a sindicância e apure os fatos.
CLÉSIO ANDRADE
PRESIDENTE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE”