O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, deve assumir o Ministério da Saúde nos próximos dias. Com a saída de Ricardo Barros (PP) da pasta para concorrer à reeleição como deputado federal, Occhi é dado como nome certo para o comando da Saúde na cota do PP. O advogado já comandou os ministérios da Integração Nacional e das Cidades no governo Dilma Rousseff.
Caso sua nomeação seja confirmada, ele se juntará ao presidente Michel Temer e a outros integrantes do primeiro escalão do governo federal que estão na mira da Operação Lava Jato. Ele foi apontado pelo delator Lúcio Bolonha Funaro como intermediário de propinas para o MDB. Occhi e ex-integrantes da cúpula da Caixa são investigados pelo Ministério Público pela suspeita de auxiliar o grupo do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) a viabilizar operações do banco nas quais, segundo os investigadores, houve pagamento de suborno.
Leia também
Funaro, em seu depoimento ao Ministério Público, afirmou que Occhi de tinha uma “meta de propina” a cumprir quando era vice-presidente de Governo na Caixa. Quando as investigações foram abertas, o presidente da Caixa negou todas as acusações. Por meio da assessoria de imprensa, a Caixa informou que não se manifestará sobre a possível saída de seu presidente.
<< MPF pede afastamento cautelar de ministro Ricardo Barros devido à disputa da Hemobrás
Ricardo Barros deixa o comando da Saúde para reassumir sua cadeira na Câmara no dia 28 de março, a pouco mais de uma semana para o fim do prazo de desincompatibilização. Ele será o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
O paranaense deixa o ministério após ser alvo de representações na Procuradoria Geral da República para abertura de investigação sobre a compra de medicamentos para pacientes que sofrem de hemofilia fora da parceria com a Hemobras, estatal criada para fornecer esse tipo de medicamento.
<< MPF cita peemedebistas e pede troca imediata de todos os vice-presidentes da Caixa; veja o documento