Garoto-propaganda da Friboi, o ator Tony Ramos disse ter ficado surpreso com as denúncias contra o grupo JBS, que controla a marca de carnes. Em entrevista ao site Ego, o artista afirmou que sempre acreditou na boa qualidade do produto que recomendava nas peças publicitárias. “Eu já visitei uma das fábricas, continuo comprando os produtos Friboi, eu tenho carnes deles agora no meu freezer e uso nos meus churrascos do fim de semana”, disse ele.
Executivos do frigorífico JBS e do grupo BRF Brasil foram presos nessa sexta-feira pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca. A Justiça Federal do Paraná determinou o bloqueio de cerca de R$ 1 bilhão das empresas envolvidas. “Estou surpreso com essa notícia. Eu sou apenas contratado pela empresa de publicidade, não tenho nenhum contato com JBS”, ressaltou o ator.
Leia também
O artista informou que vai procurar a empresa de publicidade que o contratou para obter mais informações sobre o caso. “Eu espero que se apure a verdade, eles têm o direito das minhas imagens. Não sei se faria novamente, se eles forem inocentados dos erros que estão sendo acusados, eu faria. Eu vou checar essa informação imediatamente”, disse ao Ego.
Carne vencida
As investigações alcançam dois dos maiores grupos da área de alimentos do país: a BRF Brasil, que controla marcas como Sadia e Perdigão, e a JBS, que é dona da Friboi e da Seara. Segundo a Polícia Federal, os frigoríficos investigados “maquiavam” carnes vencidas com ácido ascórbico e as reembalavam para vendê-las. Ainda de acordo com a acusação, as empresas subornavam fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização. A carne imprópria para consumo era destinada tanto ao mercado interno quanto à exportação.
A Operação Carne Fraca é considerada a maior da história da Polícia Federal. Mais de 1,1 mil policiais federais cumpriram 309 mandados em sete unidades federativas: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Conforme os investigadores, além das empresas que participavam do esquema, a operação tem como alvo os fiscais do Ministério da Agricultura que se beneficiaram do recebimento de propina e de vantagens pessoais para liberar a venda da carne imprópria para consumo.
Publicidade