A articulação da principal tendência do PT, o Campo Majoritário, de trabalhar pela anistia do ex-ministro José Dirceu foi criticada por parlamentares de vários partidos, inclusive do próprio PT. O senador petista Eduardo Suplicy (SP) considera que a idéia não se sustenta enquanto houver dúvidas quanto à participação de Dirceu no mensalão.
“Antes da anistia, tudo tem que ser, ainda, objeto muito maior daquilo que aconteceu e que até agora não foi inteiramente explicitado”, alegou o senador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Suplicy ressaltou que defendeu, no decorrer da CPI dos Correios, que José Dirceu comparecesse ao Congresso para se defender, proposta que foi rejeitada pelo ex-ministro.
Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), a anistia “seria um tapa na face do povo brasileiro”. “Deu a louca no PT”, reforça o líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Outro pefelista, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (SP), considera a idéia “uma afronta a todo o trabalho de investigação feito em defesa do Congresso” e “uma tentativa sem sentido de pressionar os parlamentares”.
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