Entre abril e agosto de 2010 o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) foi governador tampão do Distrito Federal. Ele substituiu o então governador José Roberto Arruda, preso por corrupção, e o vice Paulo Octávio, que também saiu envolvido no escândalo conhecido como Caixa de Pandora que revelou a distribuição generalizada de propina a políticos de Brasília. Tudo foi gravado. Rosso passou as últimas semanas garantindo que não seria candidato ao mandato tampão na Câmara, em substituição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Negava e, ao mesmo tempo, articulava sua candidatura com os colegas do chamado “centrão”, grupo de parlamentares que formavam a base de apoio a Cunha.
O deputado presidiu a comissão que formulou o relatório sobre a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao negar e articular a candidatura, Rosso tentou se distanciar do “centrão” e da imagem de amigo de Cunha. O deputado acredita que com menos burocracia na Casa e mais produtividade nos trabalhos legislativos pode superar a crise inédita entre os parlamentares. “Vamos procurar o entendimento na Casa e voltar à normalidade”, diz Rosso.
Leia também
Mais sobre legislativo em crise