Quando Michel Temer (PMDB) assumiu o comando do Palácio do Planalto no lugar de Dilma Rousseff, afastada para responder ao processo de impeachment, ele queria escolher o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como líder do seu governo na Câmara. Pressionado pelo “centrão”, grupo suprapartidário liderado pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer escolheu André Moura (PSC-SE). Ao longo os últimos dias Rodrigo Maia surgiu, entre deputados de quase todas as legendas, como o nome com respeitabilidade e credibilidade suficiente para assumir o cargo, hoje o segundo na linha sucessória da Presidência da República. O Planalto voltou a apoiá-lo informalmente.
Com o lançamento oficial da candidatura, Rodrigo Maia derrotou internamente seu concorrente no DEM, José Carlos Aleluia (BA), e nesta terça-feira ampliou o leque de apoios entre partidos da atual oposição ao Planalto, como o PDT, e garantiu fatias de todas as outras legendas que apoiam o governo, como o PMDB, PPS e PSB. Aos 46 anos, em seu quarto mandato, Rodrigo Maia é filho do ex-prefeito do Rio e atual vereador da cidade, Cezar Maia, e já é um dos deputados mais experientes. Seu nome é considerado como o anti-Cunha. “Precisamos construir uma agenda de votações para ajudar o país a superar a crise. É importante que o plenário volte a ser soberano e o voto de cada deputado não tenha veto e cinco ou seis líderes decidam por todos”, disse.
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