O sub-relator de Normas de Combate à Corrupção da CPI dos Correios, deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), disse hoje que defende maior transparência no setor público e a ampliação do controle social. Para atingir estas metas, Lorenzoni sugeriu o fim do foro privilegiado para parlamentares e autoridades governamentais; a redução do número de cargos comissionados; e a ampliação da profissionalização do Estado brasileiro. A declaração do deputado foi feita em uma reunião da Sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção da comissão.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Waldir Pires, que participa de uma reunião da Sub-relatoria da CPI, considerou as propostas legítimas para o sistema republicano. "Creio que o estado democrático deve ter servidor público eficiente e responsável", afirmou.
A reunião realizada hoje pela sub-relatoria de Normas de Combate à Corrupção, com a participação do ministro Waldir Pires, faz parte de uma série de debates que a sub-relatoria vem promovendo com representantes de órgãos de controle do governo para discutir medidas que inibam os crimes financeiros e a lavagem de dinheiro.
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Durante a exposição de Waldir Pires na CPI, o deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) questionou ao ministro o aumento de saques no cartão corporativo no governo Lula. De posse de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), Pannunzio afirmou que os saques em dinheiro efetuados pela Presidência da República subiram de R$ 562 mil em 2002, para R$ 2,83 milhões em 2003, chegando a R$ 3,13 milhões em 2004. No ano passado, até julho, foram sacados R$ 528 mil.
O secretário-executivo da CGU, Luiz Navarro, que também participa da reunião, contestou a pergunta de Pannunzio. Ele disse que não houve crescimento nas despesas com o cartão corporativo. Segundo Navarro, o que houve foi uma mudança de sistema, ou seja, despesas que antes eram pagas de outras formas são agora liquidadas pelo cartão.
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