O despacho do ministro do STJ responsável pelo caso, Herman Benjamin, foi lido na tarde desta terça-feira no plenário da Assembleia. O prazo de um mês dado pelo STJ é em razão da prisão do empresário Benedito de Oliveira Neto que confessou o pagamento da propina ao então ministro. Bené afirmou em delação premiada o recebimento da propina por Pimentel. O dinheiro teria custeado a campanha eleitoral de 2014 do petista.
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Segundo seu depoimento, Bené disse que os pagamentos aconteceram entre 2013 e 2014, ano em que Pimentel deixou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff para se candidatar ao governo. Dos R$ 20 milhões, afirmou o delator, R$ 7 milhões foram repassados diretamente a Pimentel no exterior. O restante teria sido usado na campanha.Bené está preso em Brasília desde o dia 15 de abril e é apontado como o ‘operador’ de Pimentel. A ordem de prisão também foi decretada pelo ministro Benjamin, e faz parte do conjunto de investigações da Operação Acrônimo. Pimentel também foi um dos coordenadores da campanha de releição de Dilma Rousseff.
O governador Pimentel tem o apoio da maioria dos deputados estaduais. Mas ele depende do PMDB para barrar ou adiar a autorização da Assembleia para ser processado pelo STJ. O presidente da Casa, Adelclever Borges(PMDB), é filho do deputado federal e secretário geral do partido, Mauro Borges, que também é réu no mesmo processo e será julgado pelo Supremo Tribunal Federal em razão do foro privilegiado. Além de Pimentel e Bené, no processo há outros quatro réus.
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