O Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou hoje (3) o pedido de afastamento do ministro Paulo Medina. O tribunal também deu um prazo de 15 dias para que o ministro possa se defender das acusações de venda de sentenças judiciais. O ministro é um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Furacão.
O afastamento do ministro ocorreu após a divulgação de escutas telefônicas que mostram Medina anunciando ao advogado de um réu, antecipadamente, seu voto em um processo que relatava. Na ação, o presidente do Minas Tênis Clube de Belo Horizonte, Fernando Furtado Ferreira, era acusado de portar uma carteira policial falsa.
Na ligação interceptada pela PF, Medina chega a orientar o advogado Paulo Eduardo Almeida de Mello sobre como conduzir a defesa. "Ele não se apresentou como polícia, então não há crime. Estou saindo aí para ver se… por aí é mais fácil", disse. "Manda ele fazer uma sustentação oral. Manda fazer, porque sem sustentação é meio perigoso", aconselhou.
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No dia seguinte, Paulo Medina presidiu a sessão do STJ e votou a favor da absolvição de Fernando Ferreira. Na ocasião, o plenário do tribunal, por maioria, acompanhou a decisão do relator. (Carol Ferrare e Rodolfo Torres)
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