Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidem hoje (7) se o processo contra o ex-deputado Ronaldo da Cunha Lima (PSDB-PB) continuará na Corte ou se será encaminhado para o Tribunal de Justiça da Paraíba.
O julgamento, por tentativa de homicídio, estava marcado para a última segunda-feira (5). Para evitar a condenação, proposta pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, Cunha Lima renunciou ao mandato na última quarta-feira (31), abrindo mão do foro privilegiado, ou seja, da prerrogativa de ser julgado apenas pelo Supremo.
Com isso, a ação penal deveria tramitar na Justiça paraibana. A exepctativa do ex-deputado, que é pai do governador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é de ser absolvido pelos conterrâneos.
Na sessão de hoje, os 11 ministros que compõem a Corte irão avaliar se o Supremo pode prosseguir, ou não, com julgamento do processo em que Cunha Lima é acusado de tentar matar o ex-governador Tarcísio Burity. O episódio ocorreu em 1993 em um restaurante na cidade de João Pessoa.
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Já votaram pela continuação da ação penal os ministros Joaquim Barbosa, Cezar Peluso, Carlos Ayres Britto e Eros Grau. A decisão sobre o caso foi adiada a pedido da ministra Cármen Lúcia, que pediu prazo para examinar o tema. Para Joaquim Barbosa, que é relator do processo, a manobra do tucano representa uma "excrescência" e um desrespeito ao Judiciário brasileiro. (Erich Decat)