Por seis votos a quatro, o Supremo Tribunal Federal (STF) permitiu a permanência de deputados na sessão secreta do Senado, que analisa o parecer do Conselho de Ética favorável à cassação do senador Renan Calheiros.
O entendimento da corte mantém a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que na última madrugada concedeu liminar para que um grupo de 13 deputados pudesse assistir à sessão do Senado. A liberação, no entanto, acabou sendo estendida a outros deputados.
A presença de deputados na sessão desagradou à Mesa Diretora, já que vários parlamentares têm passado informações aos jornalistas, que estão do lado de fora do plenário. Para que Renan tenha o mandato cassado, são necessários 41 votos contra. No entanto, segundo o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), o clima no plenário do Senado é favorável ao presidente da Casa.
Liminar "equivocada"
A decisão do STF contraria a tradição da corte de não interferir em questões internas do Congresso. Para o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), a liminar concedida por Lewandowski é "equivocada". O deputado se recusou a entrar no plenário do Senado. (Rodolfo Torres e Eduardo Militão)
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