O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve começar na noite deste sábado (19) a julgar os habeas corpus encaminhados à Corte pedindo a soltura de alguns dos detidos na Operação Navalha. Até às 19h30 havia advogados de plantão na porta do STF.
Às 20h, continuavam presos na carceragem da Polícia Federal (PF), em Brasília, 44 acusados de integrar o esquema que fraudava licitações e desviava recursos de obras púbicas.
Por enquanto, quatro estão em liberdade, aguardando os depoimentos que começam segunda-feira (21): José Ivan Paixão, ex-deputado federal pelo PPS de Pernambuco; Flávio Conceição de Oliveira Neto, conselheiro do Tribunal de Contas do Sergipe e ex-chefe da Casa Civil durante a gestão do governador João Alves Filho (DEM), e Ney Barros Belo, secretário de infra-estrutura do Maranhão.
Ulisses César Martins, ex-procurador do Maranhão, nem chegou a ser preso, pois conseguiu o benefício antes de ser detido pelo PF.
PF prende foragido da Operação Navalha
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Zaqueu de Oliveira Filho, que estava foragido, foi preso hoje (19) pela Polícia Federal. Servidor público da prefeitura de Camaçari, na Bahia, ele é apontado como um dos integrantes da máfia das obras públicas, que fraudava licitações e desvia recursos de obras.
Zaqueu se apresentou na Superintendência da PF, em Brasília. De acordo com despacho da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que autorizou o desencadeamento da Operação Navalha, na última quinta-feira, o servidor púbico é acusado de ter se envolvido no direcionamento de recursos do Ministério das Cidades para obras em Camaçari. A construtora Gautama teria sido a responsável pelos empreendimentos.
No despacho, Eliana Calmon diz que ele e o prefeito de Camaçari, que também foi preso, pediram ao dono da empreiteira, Zuleido Veras, dinheiro para passagens aéreas e hospedagem em hotéis. (Lucas Ferraz)
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