O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, na tarde desta quarta-feira (14), os recursos dos réus condenados no mensalão, esquema de desvio de dinheiro público e privado para garantir apoio político no Congresso durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula. No ano passado, a corte condenou o ex-ministro José Dirceu como chefe de quadrilha, o empresário Marcos Valério, considerado operador da trama, e outros réus, como os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).
Valério foi condenado a 40 anos de prisão em regime fechado; Dirceu, a dez. João Paulo, nove. Já Genoino, Costa Neto e Henry, deverão cumprir penas fora de presídios em tempo integral pois foram condenados a menos de oito anos de reclusão. A expectativa de todos réus é reduzir o tamanho das punições e obterem benefícios da lei criminal.
Hoje os ministros deveriam julgar um pedido de análise de embargos infringentes, que garantem aos réus o direito a um novo julgamento, com escolha de um novo relator. Mas com a morte da esposa do ministro Teori Zavascki, o plenário optou por julgar questões menos polêmicas, que estão nos embargos de declaração, recursos que exploram incoerências e omissões dos texto do julgamento, o chamado acórdão.
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