O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou que a Polícia Federal continue as investigações contra o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) e a deputada Liliane Roriz (PTB) em inquérito que investiga atuação do deputado em suposto esquema de compra de votos para beneficiar a distrital. O relator do inquérito na Corte é o ministro Ricardo Lewandowski. Os dois são acusados de peculato e captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral.
A Procuradoria-Geral da República opinou, em novembro do ano passado, pelo prosseguimento do caso e pela coleta de novas provas. Lewandowski autorizou as diligências em 15 de março deste ano. Somente nesta segunda-feira (27), o processo foi enviado à Polícia Federal para que continue as investigações.
O inquérito foi aberto no STF em setembro de 2016. A investigação apura se o deputado Rogério Rosso usou servidores comissionados do Distrito Federal para trabalhar na campanha da deputada distrital Liliane Roriz (PTB), em 2010. À época, Rosso era governador do Distrito Federal.
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O caso estava no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), mas foi encaminhado ao Supremo porque Rogério Rosso tem foro privilegiado. O parlamentar do DF, que exerce seu primeiro mandato no Congresso Nacional, ganhou notoriedade, a princípio, como líder do PSD e como um dos principais articuladores do grupo de parlamentares próximo ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve o mandato cassado no ano passado.
Depois, teve os holofortes sobre ele por ter chegado ao segundo turno da disputa pela presidência da Câmara, na qual foi derrotado por Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele foi candidato do chamado Centrão, coalizão de partidos influenciados por Cunha. Rogério Rosso negou, em depoimento prestado à Polícia Federal em março de 2014, ter tratado de nomeações de cargos com Liliane Roriz.
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