Já chega ao sétimo dia a onda de violência que atinge São Paulo. Nesta quinta-feira, o paulistano acordou ainda com medo de possíveis ataques orquestrados pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre a noite de ontem e a madrugada desta quinta, novas ações foram registradas em diferentes pontos do estado.
Hoje, policiais militares encontraram explosivos em um carro que circulava na marginal Tietê. A polícia diz que os dois ocupantes do veículo reagiram e atiraram. No revide, um deles foi ferido. O outro conseguiu fugir.Na noite de ontem, uma nova onda de boatos circulou por São Paulo e alunos foram dispensados das aulas, estabelecimentos fecharam as portas e até o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, teve a segurança reforçada. Terminais de ônibus nas zonas Leste e Sul também foram fechados. Por volta das 18h, o pânico aumentou depois que incêndios e trocas de tiros entre policiais e bandidos voltaram a ocorrer em diferentes cidades do estado.
A PM foi vítima de pelo menos nove ataques ontem. O mais grave aconteceu em Osasco. Onze homens armados tentaram invadir pelos fundos a 1ª Companhia do 42º Batalhão da PM. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, um dos criminosos conseguiu entrar no prédio e foi morto pelos policiais. Em Guarulhos (Grande São Paulo), ao menos oito mortes foram registradas em ocorrências diferentes. O fórum de Mogi-Mirim também foi metralhado.
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Segundo o balanço divulgado ontem pela Secretaria da Segurança, em seis dias, as ações contra as forças de segurança ocasionaram 44 mortes – 23 policiais militares, seis policiais civis, três guardas municipais, oito agentes de segurança penitenciária, e quatro civis. Se somadas aos suspeitos e presos mortos no estado, as mortes ocorridas desde o início da série de ataques chegam a 153. Outros nove presos teriam morrido em rebeliões, o que elevaria o número para 162.