Em 2007, Wilma cumpriu pena em regime semiaberto no presídio feminino da Colmeia, a 40 quilômetros do centro de Brasília. A ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e a ex-diretora da agência de publicidade SMP&B Simone Vasconcellos foram transferidas hoje (2) para lá. As duas estão presas desde o dia 16 de novembro em Brasília.
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Para a ex-presidiária – que a exemplo de Kátia e Simone – também levava uma vida para lá de confortável antes de conhecer a prisão, quem está na cadeia deve evitar receber visitas de amigos e familiares. “A cadeia não é ambiente para isso”, afirmou. As duas prisioneiras devem também, segundo Wilma, aproveitar o máximo do tempo para repensar a vida. “A solidão da cela é propícia para esse tipo de reflexão.”
Ela também sugere desprendimento: “Levem somente roupa nova e, quando saírem, deixem tudo com as presas”. “Façam amizade com as demais detentas. Na cadeia feminina, quem tem amigas tem tudo”, acrescenta.
Fama e queda
Em “Wilma Magalhães depois da Papuda”, o repórter Ullisses Campbell faz um perfil da mulher que ganhou fama promovendo festas badaladas com sobrenomes de peso da cidade em sua mansão de 1.000 metros quadrados na QL 10, um dos endereços mais nobres do Lago Sul.
PublicidadeA socialite acabou condenada a seis anos de prisão em regime semiaberto por enviar ilegalmente ao exterior mais de 4 milhões de dólares do ex-deputado João Alves, acusado de liderar a máfia dos anões do orçamento. O ex-deputado, que morreu em 2004, era suspeito de usar a loteria para lavar dinheiro. “Deus me ajudou e eu ganhei dinheiro”, declarou Alves ao dizer que havia ganhado mais de 200 vezes na loteria. Em liberdade, Wilma voltou a viver uma vida de luxo. Mas seu prestígio nunca mais foi o mesmo, mostra a reportagem.
Ex-funcionária do empresário Marcos Valério Fernandes, Simone Vasconcellos foi condenada por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas a 12 anos de prisão. Inicialmente, deve cumprir a pena em regime semiaberto, mas pode voltar a ser fechado caso seu recurso seja rejeitado. Kátia Rabello, que comandou o Banco Rural, foi considerada culpada pelos crimes de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e formação de quadrilha. Cumpre inicialmente pena de 14 anos de prisão em regime fechado.