O diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT) Luís Fontana Sestino afirma que a maioria dos caminhoneiros e motoristas profissionais aprova a Lei do Caminhoneiro, pela qual são obrigados a repousarem meia hora a cada quatro horas de trabalho. De acordo com ele, existem 5 milhões de trabalhadores, mas as críticas são feitas apenas por 400 mil profissionais ligados ao agronegócio. Um deles é Nélio Botelho, presidente do Movimento União Brasil Caminhoneiro, que coordenou a greve de julho do ano passado contra a obrigatoriedade do repouso.
Luís diz que a lei beneficia não só caminhoneiros, mas todos os motoristas profissionais, incluindo os de ônibus, de transporte turístico, empresas e governos. “Uma minoria está questionando. O prejuízo são os acidentes de trabalho”, afirmou o diretor da CNTT ao Congresso em Foco. Segundo ele, dados do Ministério do Trabalho, restritos aos caminhoneiros com carteira assinada, mostram que, de 2005 a 2011, 2.600 morreram em serviço. Isso significa que a cada dia morre pelo menos um caminhoneiro no Brasil.
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O diretor diz não acreditar no prejuízo de R$ 20 bilhões apresentado por empresários ao governo federal. E afirma, em contraposição, que o Ministério da Saúde gasta R$ 35 bilhões por ano em decorrência dos acidentes de trânsito.
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