Depois das tensões dos últimos dias no Suriname, o clima é de tranquilidade. Segundo a embaixada brasileira informou à Agência Brasil, uma equipe chefiada pelo embaixador brasileiro no país vizinho, José Luiz Machado e Costa, percorre desde a manhã desta segunda-feira (28) hospitais e hotéis onde existem brasileiros. Para o Itamaraty, não há registro de mortos, apesar de declarações dadas neste sentido.
Segundo a Agência Brasil, quatro brasileiros feridos são mantidos sob observação médica e estão internados em hospitais do Suriname. Na noite de Natal, cerca de 200 garimpeiros entre brasileiros e chineses foram atacados na região da cidade de Albina, a 150 quilômetros da capital do Suriname. As tensões entre os quilombolas ou os chamados “maroni” ou “marrons” do Suriname – na região fronteiriça com a Guiana Francesa – são permanentes.
A região de Albina é um dos principais focos de exploração de garimpo. Em todo Suriname, vivem cerca de 15 mil brasileiros – a maioria sem documentação. De acordo com diplomatas, os habitantes do Suriname reclamam que os estrangeiros, mesmo sem documentos legais e sem pagar impostos, usufruem de benefícios no país.
No entanto, há suspeitas de que o conflito tenha sido provocado por um assassinato atribuído a um brasileiro que viveria na região de Albina. Oficialmente, essa versão é negada pelo governo brasileiro, mas a informação é investigada da polícia do Suriname.
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