O senador Pedro Simon (PMDB-RS) mantém um providencial silêncio sobre como votará na eleição de segunda-feira. Recolhido ao Rio Grande do Sul, acompanha com atenção os últimos movimentos dos partidos e dos dois candidatos à presidência do Senado. "Antes da votação, faço um discurso e declaro meu voto", anunciou em conversa pelo telefone com o Congresso em Foco.
Na opinião do parlamentar gaúcho, a decisão tomada pelo PSDB de apoiar a candidatura do petista Tião Viana (AC) abalou o favoritismo do peemedebista José Sarney (AP). "Se você me perguntasse ontem, eu diria que o Sarney ganhava. Hoje, eu não tenho tanta certeza", disse. "Antes, o Tião dizia ter 26 votos. Agora, então, tem quase 40 dos 41 que precisa", acrescentou.
Apesar das dúvidas, o discurso do senador continua bastante peemedebista. "Uma coisa é inquestionável: o PMDB tem direito a presidir a Câmara e o Senado, pois tem as maiores bancadas", registrou Simon, antigo adversário de Sarney dentro do PMDB e, antes, quando o atual senador pelo Amapá presidia o Arena, partido que dava sustentação à ditadura militar.
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Experiente, Simon aguarda novos lances na reta final da disputa pelo comando do Senado. Na conversa com o site, lembrou que Sarney ainda pode ser pressionado a desistir da candidatura. O ex-presidente da República preferia ser eleito por consenso. (Eumano Silva)
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