O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse hoje (5) que manterá uma postura independente em relação ao governo do presidente Lula. O senador gaúcho disse ao presidente que vai votar com o governo no Senado quando achar conveniente.
"Eu disse para ele que a minha independência significa torcer para o governo dar certo e votar com o governo sempre que a minha consciência achar correto. Concordo que o PMDB não deve ir para a oposição agora, mas pode até ir se essa tentativa de entendimento não der certo".
Simon destacou a “garra e a vontade” de Lula para a formação do chamado governo de coalizão. "Eu saí otimista pela garra e a vontade que ele está tendo para dar certo a aliança. Se o PMDB, o PT e os partidos menores fizerem a coalizão, ele terá o governo consolidado e poderá destravar o país e fazer grande governo. Essa é a vontade dele", afirmou.
De acordo com reportagem de Gabriela Guerreiro, da Folha Online, o peemedebista disse que Lula concordou que deve analisar os "antecedentes" dos novos integrantes do governo federal antes de convidá-los a ingressar no primeiro escalão do Executivo. "Eu disse que ter uma folha corrida das pessoas antes de nomear é muito importante. Ele disse que isso é correto, tomar conhecimento de quem ele vai nomear", afirmou Simon.
Leia também
Presidente da Câmara
O senador afirmou que Lula deve enfrentar problemas na disputa à presidência da Câmara dos Deputados. De acordo com Simon, o pré-lançamento das candidaturas do petista Arlindo Chinaglia (SP) e do atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), podem provocar uma nova "zebra", em referência à eleição do ex-deputado Severino Calvalcanti (PP-PE), quando o PT havia lançado dois nomes do partido ao cargo: Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e Virgílio Guimarães (PT-MG).
"Ele mesmo reconhece isso. Temos dois candidatos lançados mais cinco que querem ser. Se acontecer isso, é quase certo que vai ser esse o desfecho. Mas ele disse que temos que fazer força para esse episódio não se repetir", declarou Simon.
Deixe um comentário