Ao conclamar hoje (10), em discurso no Senado, a juventude brasileira a participar das marchas contra a corrupção previstas para a quarta-feira (12) em Brasília e em diversos pontos do país – e mesmo no exterior, está prevista uma manifestação em frente à embaixada do Brasil, em Londres, na Inglaterra –, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) classificou como “dramático” o momento pelo qual passa o Supremo Tribunal Federal (STF). A marcha de Brasília inicia às 10h no Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, e encerra em frente ao prédio do STF na Praça dos Três Poderes.
A marcha de Brasília se inicia às 10h no Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, e encerra em frente ao prédio do STF na Praça dos Três Poderes.
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“Nunca, em minha vida, vi embates públicos, ao vivo, entre ministros do Supremo como agora. Nem no tempo da ditadura houve figuras tão controversas. O tribunal está na vitrine e o povo aguarda os julgamentos da validade da lei da Ficha Limpa, do mensalão e do Conselho Nacional de Justiça, cuja autonomia pode ser podada pelo STF”, disse Simon.
Na avaliação de Simon, o Congresso fez a sua parte e aprovou a exigência da ficha limpa para o registro de candidaturas. Mas o STF “está titubeando e inventou um pretexto para barrar a lei”. Essa medida, resultado de projeto de iniciativa popular que reuniu dois milhões de assinaturas, na opinião do parlamentar “foi o primeiro grande passo para acabar com a impunidade no Brasil”.
O senador destaca ainda a responsabilidade que pesará sobre o novo ministro do STF indicado pela presidência da República Dilma Rousseff para integrar o tribunal na vaga da juíza aposentada Ellen Gracie. “O novo ministro terá julgamentos importantes pela frente, e o momento é delicado”, acrescenta.