O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira não é mais réu no processo do mensalão, suposta propina paga pelo governo a deputados. Hoje (24), por volta das 15h, na 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, ele assinou um acordo para suspender seu processo em que era acusado de formação de quadrilha. Segundo funcionários do órgão ouvidos pelo Congresso em Foco, foi o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, que propôs o acordo a Pereira.
Ao deixar a 2ª Vara, Sílvio Pereira disse que, como contrapartida à suspensão do processo, vai prestar serviços comunitários. Ele se disse satisfeito com a negociação com o Ministério Público: "Fiz serviços comunitários 24 anos da minha vida. Não é agora que isso vai me incomodar", afirmou Pereira, que não precisou prestar depoimento. A assessoria da Procuradoria Geral da República (PGR) não pôde confirmar as informações.
Pereira se mostrou confiante de que o caso mensalão é uma página virada para ele. "Esse processo, para mim, é caso encerrado". Ele não confirmou se o mensalão existiu, mas disse que nunca participou de quaisquer ilícitos supostamente cometidos pelo PT para comprar apoio político, como diz a PGR. "Para mim, pelo menos, não existiu [mensalão]", disse o ex-secretário-geral do PT.
Desde a tarde de hoje, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu é ouvido pela juíza Sílvia Maria Rocha e um procurador designado pela PGR. (Eduardo Militão)
Atualizada às 17h01
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