O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) reagiu com cautela em relação à possibilidade de retonar ao Congresso para ocupar a vaga de suplente do deputado Marcos Antônio (PE), que trocou de partido e pode perder o mandato depois da decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) (leia mais)
Conforme antecipou este site, a decisão do STF pode garantir o retorno de Severino à Câmara (leia mais). "Se realmente for a minha vez eu volto. Mas ainda acho que ainda vai acontecer muita coisa depois dessa decisão do Supremo", diz o ex-parlamentar em entrevista ao Congresso em Foco.
Severino disse estar mais preocupado com sua eleição para prefeito da sua cidade natal, João Alfredo (PE). "Estou me dedicando para ser prefeito. Todos os dias estou aqui em João Alfredo com esse objetivo", ponderou o ex-parlamentar.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Severino, no último dia 21, à Justiça. Entre 2002 e 2003, Severino cobrou, segundo a denúncia, R$ 137,5 mil do empresário Sebastião Buani em troca de manter autorização para explorar um restaurante na Casa.
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A procuradora Lívia Nascimento Tinôco, do Ministério Público Federal em Brasília, acusa Severino de ter recebido indevidamente R$ 117,5 mil. Como fez a exigência em três ocasiões, foi enquadrado três vezes no crime de concussão (extorsão de servidor no exercício de suas funções). Se condenado, a pena pode chegar a 24 anos de prisão.
No dia 21 de setembro de 2005, Severino renunciou à presidência da Câmara e ao mandato para escapar de processo de cassação. No discurso de renúncia, apresentou-se como vítima de "empobrecimento ilícito". (Lúcio Lambranho)