O ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) esteve hoje no Congresso e, mantendo o velho estilo, fez várias promessas: garantiu que volta à Câmara em 2007, eleito com "100 mil votos", e que defenderá a liberdade para os parlamentares gastarem o quanto quiserem com combustíveis.
Hoje a Mesa Diretora da Casa limitou o gasto da verba indenizatória de R$ 15 mil com combustível a 30%. Ou seja, cada deputado poderá gastar até R$ 4,5 mil mensais com combustível.
"Não tenho receio de dizer o que penso", disse Severino, que foi eleito presidente da Câmara defendendo o aumento dos salários e prerrogativas para os deputados.
"A Mesa não quer que o deputado trabalhe. É uma injustiça. O deputado precisa de combustível. Se voltar para a Câmara, vou defender que volte a ser como era antes, que os deputados possam gastar R$ 15 mil com combustível", prometeu o ex-deputado.
A verba indenizatória foi criada por sugestão de Severino em 2001, quando ele era primeiro-secretário da Câmara. O presidente da Casa era o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que fez um acordo para Severino abrir mão de disputar a presidência. O trato foi o Aécio acatar a proposta do ex-deputado de criar a verba de gabinete.
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Severino renunciou ao mandato em setembro de 2005 para escapar de um processo de cassação pelo escândalo do mensalinho. O ex-deputado foi acusado de receber dinheiro do dono de um restaurante na Câmara para prorrogar a concessão de funcionamento.
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