Rudolfo Lago
Continuou quente no segundo bloco o debate da TV Record. Os candidatos responderam a perguntas de jornalistas e voltaram a se atacar. O candidato do PSDB, José Serra, foi perguntado sobre o fato de denunciar o mensalão do PT ao mesmo tempo em que tem como parceiro o DEM, protagonista do mensalão do Distrito Federal, do ex-governador José Roberto Arruda, que chegou a ser cotado como seu vice. “Mensalão não é acusação da oposição. É denúncia publicada pela imprensa”, respondeu Serra. E o candidato do PSDB prosseguiu dizendo que ser vice era um desejo de Arruda, não uma discussão levada na formação da chapa, de fato. “Foi Arruda quem disse que seria meu vice, antes mesmo de eu dizer que seria candidato”, afirmou. E concluiu: “Mas, em matéria de má companhia, o que dizer de Dilma com Erenice?”
Mantendo a tática de atacar a todos, o candidato do Psol, Plínio de Arruda Sampaio, acabou se tornando também alvo de Dilma Rousseff, do PT. Plínio disse que Dilma não seria capaz de controlar o PT no seu governo, porque ela mesma não era do PT. “Eu sempre fui de esquerda. Não vim da direita para a esquerda”, atacou Dilma. Antes do golpe militar de 64, Plínio de Arruda Sampaio era democrata-cristão. “E você saiu da esquerda e foi para a direita”, rebateu Plínio.
Perguntada sobre os escândalos de corrupção no governo Lula, Dilma respondeu que tudo foi apurado e que nunca houve tantas investigações e inquéritos. Plínio rebateu: “Se tem muito inquérito, então é mesmo porque tem muita roubalheira”.
Ainda em cima de Dilma, Plínio atacou: “É uma pessoa fabricada. Foi fabricada pelo Lula”. Ao final, Plínio atacou a imprensa: “Está sendo super parcial”. Dilma amenizou: “Eu prefiro as vozes múltiplas, críticas, da democracia ao silêncio das ditaduras”. No final, o placar com o tempo apagou antes que Plínio completasse o tempo do seu comentário: “Eu falei mal da imprensa, cortaram”.