O senador José Serra (PSDB-SP) foi recebido, nesta manhã, aos gritos de “não vai ter golpe”, “golpista” e “fascista” na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Na entrada da faculdade, manifestantes gritaram palavras de ordem, ergueram cartazes e entregaram flores aos participantes de um seminário promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), criado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. “Golpistas, fascistas não passarão”, entoaram os manifestantes.
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Além de Gilmar e Serra, outras autoridades brasileiras também participam do encontro, como os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Jorge Viana (PT-AC), o ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) Luis Inácio Adams, o ministro do STF Dias Toffoli e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz. O tema do seminário é “Constituição e crise: a Constituição no contexto das crises política e econômica”.
O vice-presidente Michel Temer (PMDB), que participaria do seminário, desistiu da viagem na semana passada. O PMDB se reúne nesta tarde para decidir se rompe ou não com o governo Dilma. A ida de Temer a um evento organizado por Gilmar Mendes, notório crítico do PT, com a participação de lideranças políticas brasileiras causou polêmica em Portugal. Alguns juristas e políticos portugueses desistiram de participar do seminário, apontado por simpático a Dilma como uma articulação pró-impeachment.
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Confirmados inicialmente, o presidente português Rebelo de Sousa e o ex-premiê Passos Coelho informaram que não iriam mais ao encontro por terem assumido outros compromissos no mesmo horário. Analistas locais, no entanto, alegam que o motivo do cancelamento da agenda foi outro: desconforto em participar de um evento com mais conotação política do que acadêmica em um momento em que o Brasil discute o impeachment da presidente Dilma.
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