O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, afirmou na manhã desta quinta-feira (21), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que o dossiê que o ligaria à máfia das sanguessugas não existe e acusou o presidente do PT, Ricardo Berzoini, de coordenar a compra de informações dos empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin que seriam repassadas em entrevista à revista IstoÉ.
"Foi ele (Berzoini) quem coordenou todo esse processo," afirmou o tucano. Serra atribui o caso a uma tentativa de prejudicar sua campanha. "Um dos presos declarou que o dossiê não existia. O Gedimar (Pereira Passos) declarou que eram coisas já conhecidas e que tinha um CD vazio, então não tem dossiê", disse Serra.
"Houve a entrega de uma ambulância, em uma cerimônia pública, divulgada na época. Tiro muitas fotos por dia, muitas vezes você tira foto com alguém que se revela um delinqüente no futuro. Pior é tirar fotos com mensaleiros depois de todas as revelações", disparou o tucano.
Em relação à quantia (R$ 1,7 milhão) apreendida pela Polícia Federal, que seria utilizada para comprar um dossiê contra a sua candidaura, Serra afirmou que o dinheiro tem origem no governo. "Só pode ser do governo. É algum entendimento entre grupos privados e negócios do governo", disse o tucano à rádio Bandeirantes.
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