Mário Coelho
O ex-governador de São Paulo José Serra voltou a defender o salário mínimo de R$ 600 nesta quarta-feira (9). A adoção desse valor foi uma de suas principais propostas na corrida presidencial. Após reunião com deputados da bancada do PSDB na Câmara, o tucano afirmou também que a oposição deve ser firme e que os integrantes do partido não devem brigar entre si.
Para Serra, o valor de R$ 600 é “factível”. A equipe econômica da presidenta Dilma Rousseff não entende dessa maneira. Os líderes do governo defendem o valor de R$ 545 para 2011. ?É factível, sobretudo numa época em que a inflação dos alimentos se acelera e as contas públicas suportam”, comentou o tucano em entrevista coletiva.
Na entrevista, Serra pregou a união do PSDB. ?O décimo-primeiro mandamento do PSDB tem que ser ?Tucano não fala mal de tucano?. Isso é servir ao nosso adversário?, disse. Segundo o ex-governador, a oposição precisa atuar de “forma firme” e cobrar, por exemplo, resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ex-candidato à Presidência disse que o governo também deve ser cobrado sobre a construção das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o caso envolvendo o banco Panamericano, recentemente vendido pelo empresário Silvio Santos.
Para o tucano, os parlamentares do PSDB precisam se aproximar dos meios de comunicação e atuar para chamar a atenção da opinião pública. ?Temos que fazer efeitos especiais? Façamos efeitos especiais. É muito importante para o país a qualidade da oposição?, disse. Ele ressaltou que, apesar de não ter cargo eletivo, não está fora da política. ?Não vou voltar para a atividade política. Eu nunca saí. Estou aqui para ajudar”, afirmou.
Leia também:
Para economistas, mínimo ‘correto’ é só de R$ 545
PSDB apresenta emenda que define mínimo em R$ 600
Bornhausen pede mínimo de R$ 600 em projeto de lei
Leia também