Veja a íntegra do documento enviado à PGR
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A representação pede ainda para que Jucá seja impedido de retornar ao cargo de ministro do Planejamento, do qual foi exonerado hoje depois da divulgação de conversas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Os senadores pedem para que, mesmo retornando ao cargo de senador, Jucá seja impedido de frequentar lugares, ter contato com pessoas ou, usar sua função de parlamentar para, de qualquer forma, tentar criar quaisquer obstáculos ao andamento da Operação Lava Jato.
“Pedimos para que a PGR avalie com celeridade as gravações envolvendo o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e represente ao STF um pedido para puni-lo”, explicou o senador José Pimentel (PT-CE). “As gravações mostram claramente a intenção de impedir que as investigações da Operação Lava Jato chegue a outros parlamentares”, complementou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
No texto enviado à PGR, os senadores alegam que Romero Jucá valeu-se da existência de uma legislatura beligerante para “fazer passar um voto de desconfiança” contra a presidente afastada Dilma Rousseff. “Seria preciso submeter a Senhora Presidente da República à expiação, para que, amainada a ira cívica, se contivesse a sangradura do estamento político”.
Assinam o documento os senadores petistas Regina Sousa (PI), Paulo Paim (RS), Humberto Costa (PE), Ângela Portela (RR), Fátima Bezerra (RN), Gleisi Hoffmann (PR), Jorge Viana (AC), José Pimentel (CE), Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Rocha (PA). Completam a lista Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Telmário Mota (PDT-RR), Cristovam Buarque (PPS-DF), Reguffe (sem partido-DF) e Randolfe Rodrigues (Rede/AP).
Outra representação já havia sido enviada à PGR, mas assinada pelo Psol. No documento, a legenda pede a prisão de Romero Jucá por tentar obstruir as ações da Operação Lava Jato. Sobre o pedido dos socialistas, Pimentel afirmou que “a prisão é consequência e deve ser analisada pelo procurador-geral da República”.
Corre ainda contra o senador um processo de cassação do seu mandato no Conselho de Ética do Senado pedido pelo PDT e que ainda vai ser analisado pelo presidente do colegiado, João Alberto (PMDB-MA).