O senador cassado Expedito Júnior (PR-RO) recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar retomar seu mandato no Congresso. Eleito pelo PPS, o parlamentar foi condenado semana passada pela Justiça Eleitoral de Rondônia por supostamente comprar votos nas últimas eleições. Expedito teria pago R$ 100 para 959 funcionários de uma empresa de vigilância (leia aqui).
O senador entrou com um recurso – a medida cautelar 2191 – contra seus adversários na eleição passada. O relator do caso será o ministro Caputo Bastos. No recurso, Expedito Júnior pede uma liminar para suspender a decisão do TRE de Rondônia e, assim, continuar a exercer seu mandato até o julgamento final do Tribunal Superior Eleitoral.
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A medida cautelar foi proposta contra o empresário Acir Marcos Gurgacz, a coligação Juntos por Rondônia (PDT-PTB-PL-PSB) e o Partido Democrático Trabalhista (PDT). Gurgacz disputou a vaga no Senado por Rondônia com Expedito.
Formiguinhas
O Ministério Público de Rondônia acusa Expedito de contratar funcionários da empresa de Rocha Vigilância, às vésperas do primeiro turno das eleições de 2006, para trabalharem como “formiguinhas” – nome dado aos cabos eleitorais em Rondônia. A empresa pertence ao irmão de Expedito, Reginaldo Trindade.
Os funcionários teriam recebido R$ 100 cada um, para votar num grupo de candidatos. Os empregados deveriam votar no senador, na mulher dele, Val Ferreira (PPS), que concorreu à Câmara dos Deputados; no irmão dele, José Antônio (PSDC), candidato a deputado estadual; e no governador Ivo Cassol (PPS), que acabou reeleito.
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