O senador licenciado Blairo Maggi (PR-MT) é um dos investigados em inquérito que resultou na operação “Ararath”. A Polícia Federal (PF), que deflagrou nesta terça-feira (20) a quinta etapa da operação, apura crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro em esquema envolvendo factorings. Por conta da figura de Maggi nas investigações, o inquérito está no Supremo Tribunal Federal (STF), já que, na condição de senador, ele desfruta de foro privilegiado na corte.
Hoje, a PF encontrou, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, uma pistola na casa do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB). Ele chegou a ser detido mas foi liberado após pagar fiança.
PF detém governador de Mato Grosso
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O deputado estadual José Riva (PSD-MT), afastado judicialmente do comando da Assembleia Legislativa, e o ex-secretário da Copa do Mundo Éder Moraes (PMDB) foram presos e transferidos para Brasília.
No STF desde março, o inquérito está sob sigilo e sob a relatoria do ministro Dias Toffoli. Foi aberto para apurar indícios de lavagem de dinheiro e inclui o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso, o ex-deputado Sérgio Ricardo de Almeida, e o prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), além de Maggi, Silval, Riva e Éder.
O Ministério Público queria que fossem realizadas busca e apreensão na casa e no escritório de Maggi mas Toffoli negou o pedido. Segundo ele, os indícios não eram suficientes para autorizar a medida.
A assessoria de Maggi, que foi governador de Mato Grosso, informou que ele está na Europa tratando de assuntos particulares e que, quando retornar, ele vai tomar conhecimento das investigações e, se necessário, prestará depoimento. “Ele jamais se furtará aos esclarecimentos”, disse a assessoria.
O esquema
Sabe-se que a PF investiga suposto desvio de recursos públicos que teriam sido “lavados” por meio de factorings. A emissão de cartas de crédito a servidores públicos de Mato Grosso e o pagamento de milionários precatórios judiciais a empreiteiras pelo governo mato-grossense também estariam sendo investigados.
A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o STF proibiu a PF de divulgar qualquer informação à imprensa sobre essa fase da operação. Portanto, não há informações oficiais sobre a suposta participação de cada um dos suspeitos.