A proposta que prorroga a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011 será analisada amanhã (12) no Senado. O governo, que precisa de 49 votos para aprovar a matéria, jogará todas as suas fichas nesta quarta-feira (12) para garantir mais quatro anos de imposto do cheque. Segundo a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), um acordo foi feito e, ao meio-dia, senadores decidem qual será o novo presidente da Casa. Às 16h, a ordem do dia colocará a CPMF na pauta, para ser votada amanhã mesmo.
O dia hoje foi marcado por incertezas em relação à data em que a matéria seria colocada em votação. No início da tarde, ficou acordado que a CPMF seria apreciada na quarta-feira, após a eleição para a presidência do Senado, marcada para às 12h. (leia mais)
Contudo, com a morte do governador de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), o governo considerou antecipar para esta noite a votação, uma vez que alguns senadores vão participar das homenagens póstumas ao tucano.
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A oposição aproveitou para criticar a insegurança do governo em relação ao embate em plenário. “Isso foi falta de palavra, falta de compromisso por parte do governo. Prometeram e não cumpriram”, disse ao Congresso em Foco o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ressaltando que o governo sinalizou que votaria a CPMF ainda hoje.
"Não tem outra opção. O governo não tem os votos suficientes para aprovar a prorrogação da cobrança da CPMF", amenizou o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Questionado sobre quantos votos o governo teria, Casagrande sentenciou: "46 votos, incluindo os desfalques". O parlamentar capixaba se refere aos senadores que não compareceram hoje ao Congresso por motivo de saúde: Flávio Arns (PT-PR) e Roseana Sarney (PMDB-MA).
O senador João Vicente Claudino (PTB-PI), que é favorável à CPMF e entra na contabilidade de Casagrande, não compareceu ao plenário hoje devido a problemas de doença na família. (Rodolfo Torres e Fábio Góis)