Representantes de embaixadas e de organismos internacionais, além de lideranças religiosas, como o Sheikh Muhammad Zidan, do Centro Islâmico de Brasília, lotaram o auditório do Interlegis para um debate em torno do que deve ser feito para enfrentar o quadro de tensão no mundo.
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Ao chegar para o encontro, Francisco Fontan, chefe-adjunto da delegação da União Europeia no país, expressou repulsa ao terrorismo e solidariedade com as vítimas. Ele defendeu a liberdade de expressão como direito fundamental numa democracia. “Quando a liberdade é atacada, nós temos que falar alto, como Brasil e a União Europeia estão fazendo:, afirmou.
Simbolismo
Para o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que promoveu o ato, o lápis, símbolo da luta contra a ação de terroristas, é também o símbolo da luta pela educação, pois está na educação a única saída capaz de parar a fábrica de terrorismo.
“Não vejo outra saída para parar a fábrica de terrorismo no mundo do que um grande programa internacional de educação, para todas as crianças. Colocá-las em escolas de qualidade, para terem a formação para a paz, a consciência da tolerância com todas as religiões, todas as culturas”, disse.
Na opinião do parlamentar, o Brasil pode dar o exemplo, oferecendo educação de qualidade para sua população. Ele lembra que somos um país com maior tolerância religiosa, sendo remota a possibilidade de ação de extremistas religiosos, mas ressalta que nenhum país está livre do terrorismo.
O ato realizado nesta quinta-feira, denominado “Somos Charlie”, de acordo com o pedetista, manifesta a indignação do Parlamento brasileiro aos ataques terroristas ocorridos na sede da revista francesa Charlie Hebdo e num supermercado frequentado por judeus, que resultaram em 17 mortos. Também é uma manifestação de repúdio ao crescimento do sentimento contra o islamismo e uma forma de promover o debate sobre saídas para frear ações terroristas.
Com informações da Agência Senado
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