Em discurso feito há pouco na tribuna do Senado, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) disse que o Congresso saiu maior do processo que resultou na absolvição do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Disparando contra a imprensa e os senadores que votaram pela cassação do peemedebista, Almeida Lima afirmou que o Senado não pode se curvar nem mesmo diante da pressão da sociedade.
“Quando tem de decidir baseado na conclusão de cada senador, pelo conhecimento que ele possui da matéria, o Senado não pode ser pressionado em hipótese alguma, nem pela sociedade. E ela não se manifestou”, declarou. “O Senado está de pé”, acrescentou.
Almeida minimizou a indignação mostrada pelos jornais e a pressão recebida pelos senadores via internet. “Os mil ou dois mil que transitam pela internet têm a pretensão de achar que podem falar por todos”, criticou.
Um dos principais defensores de Renan ao longo de todo o processo, o senador sergipano disse que a sociedade não podia emitir opinião por não ter tido acesso aos autos. “Quem do povo teve acesso aos autos e às provas produzidas? O acesso que teve foi às matérias de rádio e TV”, afirmou. “A sociedade viu redes de TV publicarem mentiras num dia e serem desmentidos no outro”, emendou.
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Após ler um artigo do jornalista Paulo Henrique Amorim, publicado no blog Conversa Afiada, em que o articulista diz que a imprensa foi a grande derrotada no caso Renan, Almeida Lima condenou a “partidarização da mídia”. “Que aprendam a lição: o Senado não vai se dobrar a esse tipo de pressão”, discursou. De acordo com o senador, a imprensa quer que o povo imagine que o Senado é “um antro de perdição”. (Edson Sardinha)
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