Os senadores reunidos no Conselho de Ética estão discutindo neste momento uma sugestão apresentada pelo senador Arthur Virgilio (PSDB-AM) de sobrestar a votação do relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) para a representação do Psol contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Caso o acordo seja firmado, amanhã seriam ouvidos os depoimentos de Cláudio Gontijo, funcionário da construtora Mendes Júnior, e Pedro Calmon Filho, advogado da jornalista Mônica Veloso, mãe de uma filha de três anos de Renan. Gontijo foi apontado pela revista Veja como pagador da pensão da criança e do aluguel do imóvel onde as duas viviam.
Segundo o senador Demostenes Torres (DEM-GO, o regimento se omite em relação a esse tipo de procedimento, por isso ele é viável. Essa alternativa atende ao pedido do senador José Nery (Psol-PA) de ouvir testemunhas antes de emitir um parecer definitivo, no entanto, desagrada Cafeteira.
“Meu relatório é baseado em documentos que estão aí. Se estabelecer que a oitiva do corregedor não vale, meu parecer também não vale”.
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Em relação às acusações de que teria sofrido pressão para absolver Renan, Epitácio disse que “procurou um, pelo menos um” documento que incriminasse o presidente do Senado. Contudo, ele afirma que não encontrou nada. “Amanhã a imprensa vai dizer que eu fiz uma pizza. Mas de minha parte, eu voto para não remexer nesta história porque está tudo aqui”. (Carol Ferrare)