O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse, agora há pouco, que os senadores líderes do governo e da opoisção vão aguardar a decisão da Câmara sobre o aumento de salário dos parlamentares antes de se posicionarem sobre o tema.
"Não há proposta viável nem proposta das mesas. O ideal é recolher dos líderes e dos parlamentares todas as propostas e organizar a votação. Aquilo que é razoável e do tamanho do consenso. Não precisa de reunião, porque as decisões precisam ser dos plenários das duas casas", disse Renan ao justificar o cancelamento da reunião dos líderes no Senado, marcada para a manhã de hoje (20)
O senador não quis falar sobre os gastos do Judiciário e o conflito entre os poderes, depois da decisão de ontem do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo o reajuste de 91%. "Nos últimos dois anos, terminamos com as convocações extraordinárias, que custavam mais de R$ 100 milhões, e barramos aquele reajuste de 64%, que tinha sido proposto no ano passado, com economia de R$ 360 milhões. E fizemos cortes nas verbas de custeio em 2005 de R$ 25 milhões e que vão chegar a R$ 50 milhões nesse ano", justificou.
Renan Calheiros reafirmou que o teto de R$ 24.500 é moralizante e que o tema ainda não mobiliza os três poderes. "A dificuldade para fixação do teto é você unir todos os poderes nesse propósito. É virar a página de uma vez por todas e impor um limite. O Brasil é um país pobre e desigual e não pode pagar os salários que vem pagando", completou o presidente do Senado. (Lúcio Lambranho)
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