O crescimento do Brasil depende de uma série de mudanças que passam pela contenção dos gastos da previdência social e pela redução dos gastos obrigatórios, como os feitos com educação e saúde. Essa é a avaliação, publicada hoje (1º) no jornal Folha de S.Paulo, de Tereza Ter-Minassian, diretora do departamento fiscal do Fundo Monetário Internacional (FMI). "O Brasil está em um momento de decisão. A manutenção do equilíbrio macroeconômico e reformas estruturais permitirão um crescimento sustentável. A falta de reformas condenaria o país a taxas de crescimento anêmicas e a cobrança social", disse a diretora.
Entre outras reformas defendidas por Tereza, informa o jornal paulista, está a unificação da cobrança dos impostos estaduais para evitar a guerra fiscal, o aumento da Desvinculação das Receitas da União (DRU), hoje em 20% do orçamento, e a melhora da qualidade dos gastos sociais.
"Para ela, é importante também aumentar o investimento em infra-estrutura. A diretora do FMI defende que a condução da política fiscal tenha como objetivo principal a redução da relação entre dívida líquida e Produto Interno Bruto (PIB), que atualmente é de 49,5%. Isso permitiria a redução da taxa de juros real", diz a reportagem.
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Tereza destacou, segundo a reportagem, que o Brasil possui indicadores de inflação melhores do que os de outros países em desenvolvimento, como China e Rússia. No entanto, o crescimento da economia está muito aquém do registrado por outros emergentes.
"A diretora chamou atenção para os êxitos da economia brasileira nos últimos dez anos: a estabilidade econômica, a opção por uma política de câmbio flutuante, a redução do endividamento externo, a redução do nível de desigualdade, e um superávit primário acima de 3% há sete anos", diz o texto da repórter Ana Paulo Ribeiro.
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