Assim como na Câmara, o troca-troca de partido no Senado aumentou às vésperas do prazo final para as mudanças de legenda. Seis senadores trocaram de partido em sete dias. O prazo final para filiação partidária para as eleições de 2006 encerrou-se no sábado, às 19h.
A movimentação partidária ficou ainda mais quente na quinta-feira (29). Os senadores Patrícia Saboya (CE) e Marcelo Crivella (RJ), que estavam sem partido, filiaram-se respectivamente ao PSB e ao recém-criado PMR (Partido Municipalista Renovador). Juvêncio da Fonseca (MS), que estava no PDT, passou para o PSDB.
Outros dois senadores deixaram sua troca para a sexta-feira passada. Leomar Quintanilha (TO) deixou o PMDB e ingressou no PCdoB, e Valmir Amaral (DF) trocou o PP pelo PTB. Com a saída de Amaral, o PP ficou sem representante no Senado. O PPS já havia perdido a senadora Patrícia Saboya em 17 de junho, e também não tinha mais representantes na Casa. Em compensação, PCdoB e PMR passaram a ser representados no Senado.
O primeiro a mudar de partido foi o senador Cristovam Buarque (DF), que fez sua carreira política pelo PT, mas já havia decidido deixar o partido em agosto deste ano. “O PT demonstrou não ter um projeto de nação, nem apresenta como vai revolucionar a educação e distribuir a renda”, criticou. Na sexta-feira, 23 de setembro – pouco mais de um mês depois de deixar de fato o partido que o lançou politicamente – Cristovam Buarque anunciou sua filiação ao PDT.
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O PMDB é hoje o líder no Senado, com 21 filiados. O segundo lugar é um empate entre PFL e PSDB, com 15 senadores cada. O PT tem 12 senadores; PTB e PDT, 4; PSB e PL, 3; PSOL, 2; e PC do B e PMR, um senador cada.
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