Depois de três dias internado numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em Brasília, o diretor da Coordenação de Apoio Logístico da Segurança da Câmara, Normando Fernandes, voltou para casa. Vítima de traumatismo craniano após receber uma pedrada de integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) na semana passada, o segurança da Câmara ficará 60 dias afastado do trabalho. Ontem, ele concedeu uma entrevista ao jornal Correio Braziliense. Na reportagem, Normando fala que não viu quem o atacou. “Depois que estouraram a porta de vidro da entrada do anexo II senti que a situação tinha saído do controle. Entrei na casa e virei para olhar para trás. Foi quando recebi a pedrada e cai”.
Confira os principais trechos da entrevista:
A invasão
“Depois que estouraram a porta de vidro senti que a situação tinha saído do controle. Eram cinco policiais militares e 25 agentes contra 500 (…) Estávamos ali para acompanhas uma manifestação pacífica e ordeira do Sindijus (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário), como várias outras. Eles chegaram de uma vez. Foi tudo muito rápido. O pessoal da inteligência da Polícia Militar não tomou conhecimento da chegada do MLST em Brasília.”
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A pedrada
“Entrei na Casa, mas virei para olhar para trás. Foi quando recebi a pedrada e caí. Lembro que caminhei até o posto médico da Câmara dos Deputados e conversei com o médico. Depois acordei no hospital. Tive uma convulsão”.
Condições de trabalho
“Quando acordei no hospital, pensei na minha filha (Giovanna) de três anos e perguntei por ela. Algumas situações precisam ser revistas. Não temos as mesmas condições regimentais que outras categorias policiais. Mas, nada vai mudar a minha rotina. Gosto do que faço.”
Visita de Aldo Rebelo
“Ele me abraçou silencioso. Agradeci. Entendo o lado dele. Se determinasse a entrada do Bope (Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar) poderia ser pior”.
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