A Secretaria da Fazenda de Alagoas enviou ao Conselho de Ética do Senado um relatório para a perícia da Polícia Federal em que afirma que as empresas que compraram gado do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) montaram um esquema de “laranjas”. Sustenta ainda que, em alguns casos, as firmas são fantasmas.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o documento diz que os compradores de gado do presidente do Senado “têm o mesmo perfil socioeconômico”, ou seja, “moradores de periferia, em endereço de difícil localização”.
Quem assina o texto é Maria Fernanda Quintella Brandão Vilela, secretária estadual da Fazenda. Ela o encaminhou ao procurador-geral do Estado, Mário Jorge de Uchoa Silva, pedindo investigação e providências judiciais cabíveis.
Renan Calheiros é acusado de ter as despesas pessoais pagas por um lobista da Construtora Mendes Júnior – como a pensão da filha que tem com a jornalista Mônica Veloso, fruto de uma relação extraconjugal. Ele alega ter lucrado R$ 1,9 milhão com a venda de gado, entre 2003 e 2006.
O senador alagoano diz que não é de sua responsabilidade se as empresas que compravam seu gado estavam irregulares. (Lucas Ferraz)
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