Renata Camargo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitou fazer críticas à decisão da Câmara de ignorar a quase totalidade das emendas dos senadores à reforma eleitoral. Ao chegar ao Congresso nesta quinta-feira (17), Sarney disse que é preciso respeitar o “princípio da harmonia” nas duas Casas.
Na noite de ontem (16), os deputados finalizaram a votação rejeitando 64 das 67 emendas feitas pelo Senado. Ficou mantido apenas o item que permite uso livre da internet nas campanhas eleitorais.
“Aqui nós temos que manter o princípio da harmonia nas duas Casas Legislativas. O que eu posso dizer é que o Senado fez e cumpriu a reforma dentro do prazo necessário para que a Câmara pudesse votá-la antes que se extinguissem os prazos constitucionais das próximas eleições”, disse Sarney.
O presidente do Senado considerou positiva a postura da Câmara de manter o dispositivo que garante liberdade para campanhas eleitorais na internet. O texto aprovado ontem retirou restrições a sites jornalísticos, blogs e página pessoais na internet para manifestações em prol ou contra candidatos.
“Não posso opinar sobre o trabalho da Câmara até mesmo porque eu não tive tempo de verificar o ponto a ponto [da reforma]. Acho que uma coisa que salvou-se bem é a internet. É uma grande conquista que não devemos jamais deixar de considerar. É um meio que veio para ficar e devemos preservar inteiramente livre”, concluiu.
Os parlamentares tinham pressa para votar o projeto da reforma eleitoral. Para que possam valer para as próximas eleições, as novas regras devem ser publicadas no Diário Oficial da União até o dia 2 de outubro. O texto da reforma foi aprovado na terça-feira (14) no Senado e reapreciado pela Câmara na noite de ontem.
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