O senador José Sarney (PMDB-AP) anunciou oficialmente, agora há pouco, sua candidatura à presidência do Senado Federal. Ele participou, junto com outros 16 senadores do partido e dois ministros, da reunião da bancada realizada na residência oficial da presidência da Casa. "A partir de agora sou candidato", disse o peemedebista.
Ele acrescentou que, inicialmente, não tinha planos de disputar o cargo. Apesar de, segundo Sarney, haver pedidos da "bancada, de senadores e de setores da sociedade". Mesmo com sua candidatura ser amplamente admitida dentro da Casa, o senador pelo Amapá comentou que somente após a decisão da bancada, divulgada agora há pouco, que entrou para valer na disputa.
A reunião teve um tom de formalidade. Na semana passada, Sarney já tinha conversado com o presidente Lula e dito que se candidataria ao cargo. Logo depois, o então candidato do partido, e atual comandante do Senado, Garibaldi Alves (RN), desistiu da disputa e, inclusive, declarou voto ao colega de bancada.
Participaram do encontro 17 senadores – faltaram Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS) e Mão Santa (PI) – e os ministros das Comunicações, Hélio Costa, e das Minas e Energia, Edison Lobão. A intenção dos peemedebistas, agora, é unificar a base governista. O próprio líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), admite que haverá negociação para que exista apenas um candidato aliado ao Planalto para a presidência.
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Jucá afirmou que é preciso "entrar em entendimento" com os petistas para chegar a um consenso. "Precisamos reequilibrar a base. O mais importante não são os partidos, mas sim a governabilidade", comentou. Ele destacou que o candidato do PT, senador Tião Viana (AC), também teria preparo para assumir o cargo. "Ambos têm as qualidades para serem presidentes do Senado. Tião é um senador experiente que teria todas as condições de assumir a Casa", finalizou. (Mário Coelho)
Atualizada às 15h20