O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sub-relator da CPI dos Sanguessugas, defendeu hoje que a Polícia Federal investigue o novo personagem que pode ter participado da tentativa de compra de um dossiê contra candidatos do PSDB. Ontem, a PF revelou, com base em sigilos telefônicos, que um dos envolvidos no episódio telefonou para uma pessoa “conhecida e importante”.
“A troca de telefonemas significa que essa pessoa tem que ser investigada e pode ser uma das fontes da origem desses recursos ilícitos”, afirmou o parlamentar, referindo-se aos R$ 1,7 milhão – parte deles em dólar – que seriam usados para comprar os documentos e cuja origem a PF ainda não conseguiu identificar.
Sampaio esteve ontem com o delegado responsável pelo caso, Diógenes Curado. O deputado disse que as investigações já apontaram que parte dos recursos foi sacada por “laranjas” em bancos e outra parte saiu de bancas do jogo do bicho.
O sub-relator afirmou que o governo não tem colaborado para esclarecer o caso rapidamente, mas disse esperar que, até o segundo turno das eleições, no próximo dia 29, será possível saber de onde veio todo o montante. “Acredito que temos condições de chegar ao segundo turno com essa informação, embora não haja empenho por parte do Palácio do Planalto.”