Romário disse que, se Marín não é responsável diretamente pela morte de Vladimir Herzog, ao menos é de forma “indireta”. Ele pede que a Comissão da Verdade investigue a eventual participação do presidente da CBF na morte do jornalista. “Ele está destruindo o futebol brasileiro”, disse o ex-jogador da seleção brasileira. “As suspeitas são graves e constrangedoras. Será que merecemos ter à frente do nosso esporte uma pessoa suspeita de envolvimento com torturas, assassinato, e supressão da democracia?”, questionou.
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Palavra
Ele disse que, por mais que pareça estranho, sente “saudades” do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, que deixou a entidade após denúncias de ter faturado pessoalmente com a realização de um jogo da seleção. “Tô sentindo saudades de Ricardo Teixeira”, disse Romário aos jornalistas. Ele disse que o ex-presidente cumpria com sua palavra até para tomar atitudes com as quais o deputado discordava. Já Marin, nas palavras de Romário, “não cumpre com ninguém”.
PublicidadeRomário exige transparência nas contas da CBF, reclama que Marín não trabalha para formar uma boa seleção brasileira e vencer a Copa do Mundo de 2014, mas, em vez disso, apenas quer renovar um contrato bilionário coma Nike. “Ele quer refazer o contrato e levar pedaço”, acusou o deputado.
Para o deputado, não vale o argumento de que a CBF é uma entidade privada. Para ele, como ela usa a bandeira e os símbolos nacionais, a Confederação deve prestar contas à sociedade. Romário defende até uma intervenção do governo para exigir a transparência nas contas da CBF.
Romário ainda acusou a CBF de esconder seu novo estatuto, porque ele teria sido aprovado numa assembleia irregular, sem a presença de todos os membros da entidade. O estatuto antigo obriga a confederação a investir no futebol de base e no futebol feminino, o que não está sendo cumprido, segundo o deputado.
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