Mário Coelho
Conduzido à Câmara por mais de 150 mil eleitores, o deputado Romário (PSB-RJ) afirmou nesta quinta-feira (10) que seu voto em relação ao novo salário mínimo será “favorável ao trabalhador”. Apesar de seu partido ainda não ter fechado uma posição sobre o assunto, ele sinalizou que votará a favor da proposta enviada pelo governo, no valor de R$ 545. “Na verdade, eu não defendo nenhum valor. Eu defendo o que for o melhor para o trabalhador. Às vezes, o que é mais não é melhor”, disse, em entrevista no Salão Verde da Câmara.
“O que eu posso dizer é que nós do PSB vamos votar um valor que é justo. Com certeza, o trabalhador não vai ser prejudicado”, afirmou Romário. Ele disse que seu partido é “do bem” e, por isso, não haverá necessidade de contrariar uma decisão do partido, que integra a base de apoio do governo de Dilma Rousseff (PT). O presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, já afirmou que vai enquadrar os parlamentares que não votarem com o governo.
Nervoso, Romário faz seu primeiro discurso
Romário disse que “tem certeza” de que fará um bom mandato. A entrevista foi concedida logo após o primeiro discurso do ex-jogador na Câmara. Romário discursou por apenas cinco minutos e foi interrompido sucessivas vezes pelos colegas. Ele admitiu que estava nervoso. “É, um pouquinho. É a primeira vez que eu discurso como parlamentar, eu acredito que isso seja até normal. Mas eu acredito que eu consegui passar aquilo que eu tinha para passar”, afirmou.
Após ter falado sobre o assunto no Twitter, Romário voltou a criticar matéria publicada pelo jornal Extra, do Rio de Janeiro, na última sexta-feira. O periódico mostrou o Baixinho jogando futevôlei na praia durante à tarde. O deputado fluminense afirmou que não faltou a sessão alguma. “Na verdade, a minha frequência, desde que eu comecei aqui em Brasília, ela é 100%. Quinta-feira não teve sessão, por isso eu não estive aqui”, disse.
“Eu tenho consciência dos meus atos, do que eu faço. Vocês podem ter certeza que vão ver um Romário bastante atuante, bastante presente”, prometeu. “Por ser quem eu sou, eu passo por alguns problemas de inverdades, de fatos não verídicos, vocês já sabem aonde eu quero chegar. Quinta-feira passada foi a primeira vez, infelizmente, existem alguns repórteres que não acompanham política, que não são como vocês no dia a dia, dão uma matéria que não é verdadeira”, completou.
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