Com a das pior crise hídrica enfrentada pela capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) busca acelerar obras de captação de água para abastecer a cidade. O sistema de captação e tratamento de água do Corumbá 4, próximo a Luziânia (GO), é uma das promessas que poderá aliviar cidades como Recanto das Emas, Santa Maria e Gama. As obras, iniciadas em 2011, só devem ser concluídas no final de 2018, conforme prevê o GDF.
O valor é dividido de forma igualitária para os dois estados, já que o acordo prevê que Goiás e DF utilizem o espaço e também compartilhem da água tratada. Nas regiões do entorno, a captação vai garantir o abastecimento de cidades como Novo Gama, Valparaíso, Luziânia e Cidade Ocidental. O GDF estima que 1,3 milhões de pessoas serão beneficiadas com o novo sistema.
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Na manhã desta sexta-feira (31), o governador Rodrigo Rollemberg esteve no local para acompanhar o andamento das obras e, na ocasião, afirmou que a crise econômica do GDF não atingiu os recursos destinados à obra. “A Obra foi retomada já no início do nosso governo. Apesar da crise econômica, nós separamos os recursos destinados a esta obra por entender a importância estratégica dela para o abastecimento de água do Distrito Federal, para essa geração e para as futuras gerações”, afirmou.
O presidente da Companhia de Água e Esgoto e Brasília(Caesb), Maurício Luduvice, afirmou que o andamento da obra não teve como pano de fundo a crise hídrica. “As obras começaram em 2011, mas foram interrompidas em 2013. Desde que assumimos, planejávamos o reinicio delas”, garantiu. De acordo com o GDF, o projeto já está 65% concluído.A obra também é financiada pelo Ministério das Cidades. A fase de licitação começou em 2009. No entanto, apenas em 2011 começaram as obras. Já em 2013 os trabalhos foram paralisados. As intervenções sob responsabilidade de Goiás também foram interrompidas após recomendação do Ministério Público Federal (MPF), que investiga ilícitos em contratos e licitações da estatal goiana com a empresa que forneceria as bombas. No entanto, o governo de Goiás alega que o impasse já está sendo resolvido.
Os dois estados são responsáveis pela captação hídrica e construção de 15 quilômetros da dutora (ao todo, são 30 quilômetros), assim como a estação de tratamento. O sistema envolve a captação de água do Lago de Corumbá, que será encaminhada para tratamento em Valparaíso (GO). Em seguida, após ser tratada, será bombeada para o DF e o Entorno.
O diretor de Produção da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), Marco Tulio de Moura, disse que o Ministério das Cidades já está com parecer favorável para a retomada do serviço por parte de Goiás. De acordo com Marco Tulio, a empresa baixou o valor das bombas descrito no contrato inicial. “O estado ainda não teve acesso ao documento, mas a tendência é que seja favorável para a imediata volta ao trabalho”, afirmou.